Francisco Goya [30 Março 1746 – 16 abril 1828]

Francisco José de Goya y Lucientes

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Complete works

Aos 14 anos foi aluno de José Luzan. Continuou os estudos de arte em Roma e ao voltar por Saragoça recebeu a encomenda de três frescos para a Catedral. Estes trabalhos estabeleceram a sua reputação. Depois de se instalar em Madrid, em 1773, foi convidado para desenhar as tapeçarias da Oficina Real de Santa Bárbara. Este demorado trabalho de artífice seria a grande escola de Goya. Estudou os grandes mestres, abandonando progressivamente o estilo Rococó, e deixou-se influenciar pelo Neoclassicismo e por Velásquez, adquirindo uma técnica mais espontânea. Em 1789, com a subida de Carlos IV ao trono, foi nomeado pintor da corte. O artista pintou inúmeros retratos do monarca, de personalidades célebres e de amigos. Solicitado pelo rei, empreendeu a execução de S. Bernardino de Siena Orando diante de Afonso V para o altar da Igreja de S. Fernando de Madrid. Na altura, foi considerada a melhor das suas obras. Em 1792 foi atingido por uma doença que o levou à surdez. A sua pintura sai completamente transformada dessa crise, mais incisiva e amarga. Adiciona novos tons – pretos, castanhos, vermelhos e ocres – e os temas envolvem a observação satírica do género humano e fantasias em que as personagens se deixam dominar pelas emoções. No ano de 1799 publicou Os Caprichos, um livro de 82 águas-fortes em que expõe a loucura e as fraquezas humanas. É ainda a época das cenas da vida madrilena, com A corrida de Touros e A Casa dos Loucos. Deste período data a sua relação com a duquesa de Alba, que viria a servir de modelo em vários quadros. Os horrores da guerra e a brutalidade humana durante a ocupação napoleónica (1808-1814) foram o tema de Os Desastres da Guerra, obra que só viria a ser publicada em 1863, já depois da sua morte. Após a restauração da monarquia, foi obrigado a comparecer perante a Inquisição por causa do retrato de Maja Despida (1800), um dos primeiros nus da arte espanhola da época. De 1819 a 1824 viveu em reclusão numa casa dos arredores de Madrid. Sentindo-se livre das obrigações da corte, deu livre expressão a pensamentos sombrios e selváticos nas derradeiras águas-fortes Loucuras e nas Pinturas Negras, murais de pesadelo pintados nas paredes da casa. Depois da tentativa falhada de instauração do liberalismo em Espanha, partiu para um exílio voluntário em França. Veio a falecer em Bordéus em 1828. Um ano antes, tinha pintado algo de inteiramente novo, A Leiteira de Bordéus, cujas explosões de luz e cintilações de cor são das primeiras manifestações do impressionismo. (fonte)

 

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Botticelli [1 de março de 1445 – 17 de maio de 1510]

Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi,

dito Sandro Botticelli (Florença, 1º de março de 1445 – 17 de maio de 1510), foi um célebre pintor italiano da Escola Florentina do Renascimento. Igualmente receptivo às aquisições do introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. Suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.

Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registros da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista, e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo. Sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registrada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.

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